sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ushuaia 2010 - 14º Dia - 25/11/2010 - 589 km

Nosso planejamento inicial já estava comprometido. Ficamos mais tempo que o sugerido inicialmente, mas....Ushuaia....Foi demais!!!!

Então agora nosso objetivo era chegar logo a El Calafate. Saímos do Hostel América em Ushuaia bem cedo para fazer de uma vez só o trajeto para Rio Gallegos; ripio, 4 aduanas e Estreito de Magalhães.

O tempo estava maravilhoso, diferente da vinda, porém com o vento nos seguindo! Já era esperado. Lá dizem que o vento é uma das atrações do lugar, hehehe, agora também falo isso!

No caminho tivemos algumas surpresas que vale relatar, como por exemplo no rípio, bem perto de onde tivemos problema com a DL, um cavalo se assustou com a passagem das motos e diminuímos a velocidade. O cavalo disparou na frente das motos, correndo pela lateral mais alta da estrada e mesmo diminuindo nossa velocidade ele não parou!
Minha preocupação, como já vi algumas vezes em trilhas, era ele tentar pular alguma cerca e se machucar, ou pior, virar e vir em direção à mim ou à Chris. Ficamos calmos, diminuímos bastante a velocidade deixando ele há uns 500 metros à frente e fomos observando. Resumindo, o cara galopou, e diga-se de passagem tinha pernas bem curtas, o que pareceu bem gozado, por uns 10 kms, sem exagero, e agente ali atrás, "escoltando" o bicho, apreensivos com tudo que poderia acontecer, até que em um local onde haviam outros cavalos, um "descampado", ele acalmou e foi em direção aos "amigos".

Outro acontecido do dia foi, já depois de Cerro Sombrero, no asfalto, vimos o que parecia inicialmente o "vulto" de um pássaro nos passando... demoramos à entender o que era. Era um avião à jato, desses militares, que nos passou super rápido, bem baixo. O caso é que o vento fazia barulho no capacete, então não ouvimos ele chegar e, como tudo no vento anda na horizontal, poderia mesmo ser um pássaro, neste caso um "super sônico", hehehehe! Foi incrível! Lógico que não temos fotos por que foi super, super rápido, ventava e estava frio o suficiente para nem cogitarmos a possibilidade de tirar luvas, pegar maquinas e etc.

Bom, voltando a viagem: paramos no Paso Garibaldi para mais algumas fotos, mais precisamente no maravilhoso Lago Escondido.



Seguimos até Tolhuin para abastecer e tomar um café quente e fomos à Balsa do Estreito de Magalhães.



O legal é ver a quantidade de caminhões que cabem nesses barcos. A fila quando chegamos era enorme, dando até a impressão que não iríamos nela. Uma dica é que as motos são sempre colocadas por último, não se assuste, é assim mesmo! Pagamos os mesmo CH$ 8400 para as duas motos. Desta vez, diferente da vinda, o mar estava bem calmo e tivemos mais tranquilidade para deixar as motos e ver a paisagem. Fui pagar nossa ida no guichê enquanto a Chris foi tirar algumas fotos e curtir o trajeto!



Depois, mais 2 aduanas, relativamente tranquilas, por que na Argentina, o mesmo policial que havia revirado todos os meus baús na ida, estava lá, pronto para revirar tudo de novo. Ainda perguntei ao cidadão se ele não se lembrava de mim, mas fez questão de dizer que não e começou a revista, desta vez menor, mas revistou. Como se o problema aduaneiro fossem as motos de turistas e não os 20 caminhões que ele deixara passar enquanto perdia tempo comigo! As aduanas são diferentes umas das outras e temos que respeitar e ter paciência, faz parte do turismo!

Seguimos para Rio Gallegos. A cidade é como um porto para todos que visitam a Terra do Fogo. É uma cidade com estrutura Hoteleira, Portuária e Aero-portuária forte, então todos os turistas vindo de outros países e continentes, entram na Terra do Fogo por ela, deixando assim a cidade mais cara. Sabíamos disso, mas fomos até lá procurar um Hotel. Já prevíamos que teríamos alguma dificuldade e a primeira foi o preço. Parei em alguns Hoteis que cobravam até AR$ 500 por uma noite. Encontramos por dica de um atendente de outro Hotel, o Hotel Punta Arenas. Este eu não peguei cartão, mas a coordenada é S51 37.020 W69 13.381. Nos custou AR$ 230 o casal, com café da manhã (argentino), estacionamento e tem restaurante dentro do próprio Hotel, bem legalzinho e barato, para as condições da cidade.

Jantamos lá mesmo e fomos descansar para  a próxima etapa!

Um comentário:

  1. É isso ai, devemos sempre respeitar a todos os policiais e pessoas que vemos no caminho, sem contar com o respeito a fauna e flora que cruzamos, afinal, o ambiente é deles, somos apenas turistas...

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