segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ushuaia 2010 - 23º Dia - 4/12/2010 - 262 km

Acordamos então prontos para ficar esperando a moto numa oficina, só faltava saber qual!

No dia anterior, a Valéria havia nos passado algumas opções e saímos já para o que seria a melhor delas, em Buenos Aires, mais no centro. Era uma tal de Riba Moto, mas chegamos lá e nos informaram que não tinham as peças e, que se eu comprasse, eles fariam a troca.

Interessante ver que a concepção de Concessionário lá na Argentina é diferente da nossa: lá, (pelo menos foi nossa impressão) especificamente da Honda, as Agências podem vender outras marcas de motos e peças. Em várias que entrei haviam motos Honda sim, mas também as "Motomel" e "Zanellas", marcas muito comercializadas lá. Peças também de todas as marcas e preços.

Bom, para resumir, chegamos à uma das opções previamente anotadas para, ou comprar as peças ou fazer o serviço ali, era a Tamburrino Motos, em Adrogué, uma cidade colada à Buenos Aires. Quando entrei fui atendido na seção de peças por um rapaz que disse ter as peças, inclusive de marcas conhecida por nós, corrente DID e coroa e pinhão Riffel, mas ao perguntar para outro sujeito se poderia fazer o serviço, este outro falou em tom alto e rude que não teria como fazer o serviço, somente na segunda feira. Expliquei que estávamos em viagem e que precisávamos do serviço para o dia, mas ele nem deu bola, virou as costas e entrou para uma salinha.

Saí da loja super irritado por que além desse tratamento, vi na oficina deles que não havia serviço algum e os mecânicos estavam todos parados. Eram por volta de 11 horas já e o problema se mostrava maior, pois o serviço que havia combinado no dia anterior, naquela primeira oficina que paramos, já não poderia mais ser feito em tempo hábil, provavelmente. A Chris, sabiamente me disse: "entre e compre pelo menos a coroa e pinhão e levamos na outra para ver se trocam ainda hoje."

Foi o que fiz mas, quando entrei, havia um senhor junto ao balcão e, quando pedi as peças ao rapaz ele virou e disse: "coloque a Falcon para dentro que vamos trocar já para vocês"... fiquei sem entender o que aconteceu, mas depois, percebi que se tratava do dono da Agência e o outro, o mal educado, do filho do sujeito. Esse ficou o tempo todo emburrado, de lá pra cá, fingindo que não nos via, enquanto que o pai, um Senhor com seus 65 ou 70 anos, ficou conversando conosco, falando sobre suas vindas ao Brasil e perguntando sobre a viagem.

Colocamos a moto para dentro e em menos de 2 horas ela estava prontinha, com a relação toda nova. Ganhamos vários brindes daquele senhor, que infelizmente não me lembro o nome, como chaveiros, camisetas entre outros, compramos mais um spray de graxa para corrente e fomos embora.

Esta Tamburrino, para quem precisar de serviço Honda, está na Avenida Espora, 1328, em Adrogué, nas coordenadas S34 48.424 W58 23.325.

Saímos de lá já um pouco tarde e decidimos atravessar para o Uruguai, novamente pelo Buquebus, mas dessa vez para Montevideu. Super acertada a escolha!

Chegamos no Porto, maravilhoso e super estruturado, nos informamos dos procedimentos Aduaneiros e fomos comer alguma coisa. Pegamos o Buquebus das 15:30 hs e pagamos AR$ 352,81 e AR$ 371,00 por pessoa e moto, respectivamente, o que equivalia a R$ 304 por pessoa com a moto.



Os trâmites de Migração e Aduana são bem simples no Porto, porém, como na vinda, as motos entram por último e ficamos esperando um bom tempo no estacionamento para entrar no barco. A sorte é que só podem acessar o estacionamento após os trâmites, os motoristas e como somos 2 motoristas em 2 motos, ficamos lá juntos o tempo todo! Dois em Duas, esperando, mas juntos, hehehe!


A parte ruim é que nos carros, o passageiro pode entrar no barco antes e assim escolher os melhores lugares, mas deu tudo certo e acabamos ficando em um lugar privilegiado, com uma vista muito legal da viagem toda. Quando chegamos em Montevideu a surpresa foi no porto, onde víamos vários barcos gigantescos aportando ou zarpando do mesmo, legal demais!



Chegando em Montevideu tivemos o mesmo tratamento cordial dos fiscais Aduaneiros. Era uma fiiiiila de carros e nós dois de moto. Logo nos chamaram para passar por eles, já fui com o baú aberto para a provável revista e o fiscal me perguntou: "Brasileiros?" e eu respondi: "Sim!", e ele: "Ah, então pode passar!". São sempre assim, será? Foi muito bom, agente sente até uma certa vontade de parar para conversar mais um pouco, hehehe!

Saímos do porto e fomos em direção à um Ibis, na orla de Montevideu.


Pagamos lá algo como US$ 120 pelo quarto mais um belo jantar com direito à vinho Argentino e tudo o mais!!!

A recepção do Hotel bem como todos que tivemos a oportunidade de encontrar no Uruguai, foi sensacional, extremamente gentis e solícitos. O atendente do Hotel falava português e o manobrista tirou uma foto nossa, gente muito boa!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário