sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Ushuaia 2010 - 7º Dia - 18/11/2010 - 721 km

Saímos de Bahia Blanca bem cedo, como sempre fazemos, após tomar o primeiro café da manhã, que chamamos "Argentino": café aguado com "media lunas", ou o nosso conhecido Croissant, sempre contado, 2 ou 3 por pessoa, hehehe! Nos acostumamos à isso! Presunto e queijo nem pensar!


Nosso objetivo do dia era chegar em Puerto Madryn. De Bahia Blanca, saímos pela Ruta Nacional 22, e não pela 3, para cortarmos um pouco de caminho. Logo em seguida, uns 200 km depois, pegamos a Ruta Nacional 251. Interessante que logo que se entra na 251 existe uma reta, que na volta contei 110 km no GPS sem ao menos uma quedinha para os lados, reta pura. Marquei ela no GPS:




Já havia a presença do vento lateral nesse trecho, mas não nos preocupamos com isso. Até peguei a maquina fotográfica para tirar umas fotos por que ainda era possível encostar, parar a moto e ficar equilibrado, hehe!


Reta sem fim, com um ótimo asfalto e pouco movimento. Não dá sono por que o vento já se faz presente e temos que ficar sempre atentos e concentrados na pilotagem para não fazer besteira.

Neste trecho também já avistamos vários altares em homenagem ao "Gauchito Gil". É uma constante esses altares nas estradas Argentinas:


Existem várias versões sobre quem foi Gauchito Gil. Perguntei para várias pessoas nesta viagem e em outras e a versão que mais nos foi relatada é essa que vou colar aqui, relatada pelo meu amigo Sérgio Gaspar: "...Ele foi como um Robin Wood Argentino, segundo a lenda, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Foi morto pela traição de um "amigo", em uma emboscada, por um índio pago pelos ricos. No momento de sua morte, Gauchito Gil, teria dito ao seu algoz, que quando chegasse em casa encontraria seu filho muito doente, e que, só ele poderia ajudá-lo. Foi o que aconteceu e seu filho sobreviveu. Por isso é considerado milagroso e venerado...".

Como faz parte das viagens pela Argentina, como recordação comprei um adesivo com sua imagem que está em meu baú, para sempre lembrarmos da viagem. Outra coisa que nos falaram, inclusive um Boliviano, foi que, ao passar pelos altares, deve-se buzinar o veículo. Foi então o que fizemos a viagem toda: altar do Gauchito...bi-biiii! Hehehehe, coisa de turista!!!!

Já perto de Puerto Madryn, como a viagem estava rendendo muito, decidimos que pararíamos um pouco a frente, em Trelew. Paramos em um posto YPF logo antes da cidade para abastecer e lá encontramos 2 policiais da Gendarmeria Argentina com sua motocicletas impecáveis de tão limpas e conservadas:


Sempre atenciosos e prestativos, estavam conversando com alguns motociclistas. Após abastecer fomos chegando perto deles e percebemos as placas Brasileiras das moto e coincidentemente, de Campinas. Já cheguei gritando "Dá-lhe Brasil" para acordar um que estava esticado no chão, hehehe!
Era um grupo de 3 amigos de Campinas, o Rafael, Felix e o Edson em 2 Vstrom e 1 GS. Gente finíssima todos os 3. Nos disseram que pretendiam ir à Trelew também naquele dia.
Saímos do posto eu e a Chris e logo em seguida eles nos alcançaram na estrada. Entramos juntos em Trelew, abastecemos as motos e fomos à caça de um Hotel.
Acabei por encontrar um "Residencial", Residencial Rivadávia, de um sujeito super atencioso, o Edgardo.

Pagamos algo como $ 150 pesos Argentinos para o casal, com estacionamento, sem café da manhã, mas com muita atenção a primoroso atendimento do Edgardo, figurassa! Esse eu recomendo demais!

Os 3 amigos de Campinas também se instalaram lá e a noite fomos comer na cidade, bem perto do Hotel, todos juntos. Mais 3 bons amigos na agenda!

estacionamento do Hotel fica na casa da vizinha da frente

a entrada do Residencial está escondida atrás dessas árvores

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